Técnicas utilizadas nas Terapias Cognitivas são capazes de interferir na capacidade de flexibilizar a cognição, e inibir comportamentos e pensamentos disfuncionais, bem como mudanças em processos atencionais. Intervenções psicoterápicas acarretam expressiva modificação nas crenças, nos pensamentos, nas emoções e nos comportamentos dos pacientes, e mudanças nesses níveis estão diretamente ligadas a modificações do funcionamento neural. Logo, podemos entender que a psicoterapia é uma intervenção biológica, que vai mudar o funcionamento do nosso cérebro. Esse processo de mudança em funcionamentos neurais é chamado de Reestruturação Cognitiva.
Quando bem-sucedida, a estratégia de reestruturação cognitiva ativa regiões do córtex pré-frontal e diminui regiões do sistema límbico, em especial a amígdala. Uma diminuição da atividade da amígdala, que é a região responsável pelo controle sensorial e emocional, e um aumento de processos nervosos do no córtex pré-frontal, que tem relação a racionalidade e aos significados que atribuímos as coisas, estão relacionados a superação do sofrimento psíquico.
Ou seja, a psicoterapia vai procurar fazer com que seja mais utilizado nossas funções racionais e menos nossas funções sensoriais, proporcionando maior controle perante as situações.